O Programa de Formação de Gestores Culturais passou por avaliação, confira:
http://blogs.cultura.gov.br/snc/2010/09/04/grupo-de-trabalho-se-reune-em-brasilia-para-avaliar-curso-piloto-para-gestores-culturais/#more-1962
Grupo de Trabalho se reúne em Brasília para avaliar curso-piloto para gestores culturais
Iniciativa do Ministério, que formou 56 alunos na Bahia, passa por análise de especialistas
O curso-piloto para formação de gestores culturais, realizado pelo MinC em parceria entre MinC, SECULT/BA e SESC/SP foi avaliado na última quinta-feira, 2 de setembro, por um grupo de trabalho formado por especialistas e pesquisadores na área de gestão e políticas culturais. O resultado foi apresentado à secretária de Articulação Institucional do MinC, Silvana Meireles, aos coordenadores do Sistema Nacional de Cultura, João Roberto Peixe e Bernardo Mata Machado e também ao diretor de Livro, Leitura e Literatura do MinC, Fabiano Piúba.
Na ocasião, Peixe destacou que a escolha da Bahia para sediar o curso-piloto se deu pela capacidade apresentada pelo estado de articular todas as suas regiões, tendo sua base organizada em Territórios de Identidade Cultural. Segundo Peixe, “tínhamos as universidades estaduais e federais comprometidas em estender a formação para todos os municípios”, ressaltou.
Participaram do grupo de trabalho as representantes da Fundação Casa de Rui Barbosa, Lia Calabre, chefe do setor de políticas culturais da instituição e Adélia Zimbrão, coordenadora-geral de Planejamento e Administração; a superintendente de cultura do estado da Bahia, Ângela Maria de Andrade e os pesquisadores José Márcio Barros (PUC-Minas e UEMG), Antônio Albino Rubim (UFBA) e Leonardo Figueiredo Costa (CULT/UFBA)
Os pesquisadores apresentaram uma avaliação positiva do curso-piloto e um retrato detalhado da realidade atual da oferta dos cursos de formação na área da organização cultural e suas atuais deficiências. Hoje, grande parte dos cursos ofertados são de extensão e 49% são em instituições privadas. A Região Sudeste domina a oferta, tendo o estado de São Paulo o maior número de cursos, seguido bem distante pela região Sul. Na Região Nordeste, a Bahia aparece em destaque, com a oferta de 26 cursos.
O campo que mais atrai interessados é o de produção cultural, com 70% dos cursos. A área de gestão cultural atrai 26% dos cursos e apenas 3% dos cursos são na área de políticas culturais.
Esse dado reforçou o diagnóstico de que é preciso investir em cursos semelhantes ao piloto da Bahia. Hoje, o grande interesse é na captação de recursos. Dos cursos, 18,22% são na área temática de financiamento da cultura, marketing cultural e uso das leis de incentivo a cultura. Em segundo lugar está a área de elaboração de projetos (com 16,20%), também atrelado à captação.
Ficou claro que a área de pesquisa e cursos de gestão cultural podem ser incrementados e novas ofertas devem ser estimuladas. Para isso, a reunião serviu também para que se pensasse e discutisse modos de se criar uma rede de instituições que abriguem e desenvolvam programas voltados para essa área. Atualmente, 75% dos cursos são de extensão, o que torna esporádica grande parte dos cursos ofertados.
Depois da experiência bem-sucedida na Bahia, o próximo parceiro na iniciativa deve ser o Acre, estado referência na institucionalização da cultura, cujos municípios realizaram todos suas respectivas conferências de cultura. No dia 1º de setembro, o ministro Juca Ferreira e sua equipe estiveram em Rio Branco e acompanharam o envio do projeto de lei que cria o Sistema Estadual de Cultura do Acre, ao lado do governador do estado.
(Leia matéria sobre envio do PL à Assembléia Legislativa do Acre)
Leonardo Menezes (SAI/MinC)
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Publicado em: 4 de setembro de 2010 | Notícias | Tags: Adélia Zimbrão, Bahia, Bernardo Mata Machado, Curso-piloto, Fabiano Piúba, Fundação Casa de Rui Barbosa, João Roberto Peixe, Lia Calabre, Região Nordeste, Silvana Meireles, Sistema Nacional de Cultura, Territórios de Identidade Cultural, UFBA | Comente este post
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