Olá, amigos e amigas.
Estou envolvido num projeto, ao que parece, inédito no país.
Trata-se do curso "Ativismo e mobilização para a sustentabilidade", cuja proposta é a formação e capacitação de ativistas em técnicas e processos de ação direta e organização de campanhas de mobilização. Ativismo é a palavra-chave do projeto, daí o seu ineditismo por aqui.
Dentre os temas trabalhados no curso, destaco: técnicas de ação não-violenta, questões legais, lobby, planejamento e execução de "campanhas" de mobilização, investigação, comunicação e logística de ação urbana.
O curso tem três etapas, com duração total de 60 dias: uma etapa on line (3 semanas), um momento presencial em regime de imersão (1 semana) e uma etapa final de ação concreta sob supervisão da equipe (4 semanas).
Em 2011, são três ofertas, conforme o quadro abaixo:
INSCRIÇÕES JORNADA ONLINE IMERSÃO PÓS-IMERSÃO
São Paulo 29/07 a 9/08
16/08 a 8/09 11 a 17/09 19/09 a 14/10
Brasília a confirmar 4 a 31/10 6 a 12/11 14/11 a 9/12
Manaus a confirmar 15/11 a 9/12 11 a 17/12 a confirmar
O curso se destina a agentes das causas socioambientais, especialmente aqueles vinculados a ONGs e movimentos sociais.
O valor do investimento é de 2.918,00, o que inclui hospedagem e alimentação durante o período de imersão. Existem bolsas até 100% para os participantes, financiadas pelas organizações parceiras do projeto.
Há apenas 26 vagas. As inscrições encerram-se no dia 9 de agosto.
As informações sobre as organizações parceiras (como SOS Mata Atlântica e Greenpeace, dentre outras), a equipe do projeto, o conteúdo do curso e o processo de inscrição encontram-se no site www.ativismo.org.br.
A lista de professores/palestrantes segue abaixo. Marina Silva é uma delas.
Peço sua ajuda na divulgação. Envie para os/as amigos/as possivelmente interessados/as.
Qualquer dúvida, entre em contato.
Grande abraço,
Cássio Martinho
31 8587-0971
31 3335-5245
Professores e palestrantes do curso
André Lima, advogado, formado em Direito pela Universidade de São Paulo em 1994, Mestre em Política e Gestão Ambiental pela Universidade de Brasilia. Atualmente é Assessor Especial de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e Consultor Jurídico da Fundação SOS Mata Atlântica. Trabalhou por 10 anos no Instituto Socioambiental (ISA) entre 1997 e 2007 onde foi coordenador de políticas e direitos socioambienais. É membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) representante do Instituto O Direito por um Planeta Verde. É socio fundador do Instituto Democracia e Sustentabilidade.
Cassio Martinho, jornalista, professor de cursos de Comunicação Social, com ênfase em comunicação alternativa, gestão cultural, cooperação e redes. Atua há 12 anos como consultor em gestão do trabalho em rede para organizações governamentais e não-governamentais. Autor do livro Redes: uma introdução às dinâmicas da conectividade e da auto-organização (2003) e organizador da coletânea Vida em rede: conexões, relacionamentos e caminhos para uma nova sociedade (2011)
Felício Pontes, paraense de Belém, é procurador da República há 14 anos, mas desde muito antes já guiava sua atuação profissional para lutar pelos direitos constitucionais de crianças, índios, populações tradicionais e pela integridade do meio ambiente amazônico. Formado em Direito pela Universidade Federal do Pará, é mestre em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Iniciou a carreira como advogado do Centro de Defesa de Direitos Humanos do Rio e, posteriormente, como Oficial de Projetos da Organização das Nações Unidas, em Brasília. Ingressou no Ministério Público Federal como Procurador da República em Santarém, no oeste do Pará, em 1997. A partir do ano 2000, passou a atuar em Belém, onde foi Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Procurador Regional Eleitoral e Procurador-chefe. Atualmente, atua em casos de improbidade administrativa, na proteção ao meio ambiente e aos direitos indígenas. Nesses 14 anos de atuação no MPF, Pontes Jr coleciona casos importantes e rumorosos. Tocou o processo contra a instalação irregular de um terminal graneleiro da multinacional Cargill em Santarém que culminou com o fechamento do porto, em 2007. Foi responsável, em 2004, pelo acordo com a Caixa Econômica Federal que pôs fim aos dramáticos despejos de mutuários na capital paraense. E, desde 2001, vem demonstrando no Judiciário as irregularidades cometidas pela associação entre o governo federal e grandes empreiteiras no projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Manoel Francisco Brito, é formado em historia e exerceu na maior parte de sua vida a profissão de jornalista. Começou como fotografo no Jornal do Brasil em 1974. Depois foi para a revista Veja, como repórter. Nessas duas empresas, ocupou diversas posições, correspondente estrangeiro, colunista, editor de área. Na veja, foi diretor da sucursal do Rio de Janeiro. No Jornal do Brasil, chegou a editor executivo. Em 1998, foi trabalhar em banco. Não gostou. Meteu-se com operações de internet, todas sucesso de publico e fracasso comercial. Em 2004, juntou-se a Marcos Sá Correa e Sérgio Abranches para fundar O Eco, uma publicação eletrônica dedicada a cobertura do meio ambiente no Brasil. Em 2009, achou que era hora de abraçar a causa e juntou-se ao Greenpeace, onde é diretor de comunicação.
Marcelo Marquesini, engenheiro florestal, mestre em Ciências Florestais pela ESALQ/USP e campaigner, trabalhou por sete anos em pesquisas sobre silvicultura e manejo de florestas de várzea e apoio e assistência técnica a populações caiçaras no Vale do Ribeira (SP). Foi coordenador geral de Fiscalização Ambiental do Ibama em Brasília e diretor técnico da Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas, onde promoveu a consolidação de cadeias e arranjos produtivos locais de produtos florestais não-madeireiros. Trabalhou 15 anos na Amazônia, dos quais dez no Greenpeace, voltados a mobilização e ativismo pela preservação das florestas e respeito aos direitos das populações tradicionais. Atualmente é consultor na área de
sustentabilidade.
Marcos Sorrentino, Biólogo e Pedagogo, com doutorado em educação e pós doutorados no Departamento de Psicologia Social da Universidade de São Paulo e no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, onde também é pesquisador colaborador. Foi Diretor de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente de abril de 2003 a junho de 2008. Tem experiência na área de Educação, com ênfase nos seguintes temas: educação ambiental, políticas públicas e planejamento de futuro na direção de sociedades sustentáveis. Participa, desde os anos anos 70, de entidades ambientalistas, de cidadania e de educação ambiental. De 1985 a 1988 foi docente no Departamento de Educação na UNESP, campus de Assis. É docente, desde 1988, no Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP, onde coordena o Laboratório de Educação e Política Ambiental (Oca).
Marina Silva, licenciada em História pela Universidade Federal do Acre e pós-graduada em psicopedagogia. Foi vereadora, deputada estadual, senadora por dois mandatos (1995 a janeiro de 2011) e Ministra do Meio Ambiente (2003 até maio de 2008). Em 2010 foi candidata à Presidência da República pelo Partido Verde, do qual desfiliou-se em julho de 2011. Em quase 30 anos de vida pública, recebeu muitos prêmios nacionais e internacionais pelo seu trabalho em defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Entre eles, o “2007 Champions of the Earth”, principal prêmio da ONU na área ambiental, a medalha Duque de Edimburgo, em reconhecimento à sua trajetória e luta em defesa da Amazônia brasileira – o prêmio mais importante concedido pela Rede WWF e, em 2009, da Fundação Príncipe Albert 2º de Mônaco, o Climate Change Award, em reconhecimento à sua contribuição para projetos na área do meio ambiente, ações e iniciativas conduzidas sob a ótica do desenvolvimento sustentável. Desde março de 2011, Marina Silva integra o Millennium Development Goals (MDG) Advocacy Group, organismo voltado para trabalhar juntamente com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas na construção de uma vontade política e uma mobilização global para o cumprimento dos Objetivos do Milênio.
Pedro Belasco, Cientista Social, desenvolvedor de software, membro da comunidade Transparência Hacker, ativista por Software Livre, Cultura Livre e Dados Abertos.
Rebeca Lerer, jornalista, ativista e campaigner, foi líder da campanha de Clima e Energia e coordenadora da campanha de mercado de madeira do Greenpeace Brasil. Atua na área de sustentabilidade, responsabilidade social, direitos humanos, em entidades nacionais ou internacionais que promovem campanhas e ativismo, projetos de mobilização pública ou culturais, criação e geração de conteúdo. Diretora de conteúdo e porta- voz da Matilha Cultural, espaço independente de cultura e sustentabilidade no centro de São Paulo.
Ricardo Abromovay, filósofo, é professor-titular do Departamento de Economia da FEA e do Instituto de Relações Internacionais da USP. É coordenador do Projeto Temático FAPESP sobre Impactos Socioeconômicos das Mudanças Climáticas no Brasil e do Núcleo de Economia Socioambiental da USP (www.nesa.org.br). Seu programa de pesquisa volta-se ao estudo dos comportamentos dos atores sociais nos processos contemporâneos de transição para uma economia de baixo carbono e apóia-se teoricamente nas principais correntes contemporâneas da sociologia econômica.
Tasso Azevedo, engenheiro florestal, foi Secretario Executivo do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Diretor de Florestas do Ministério do Meio Ambiente e Diretor Geral do Serviço Florestal Brasileiro. É consultor e assessor para assuntos de floresta e clima do Ministério do Meio Ambiente.
Tica Minami, jornalista e ativista. Trabalhou quase 10 anos no Greenpeace, dos quais oito anos na Amazônia, coordenando estratégias de comunicação de campanha. Atualmente, trabalha junto ao Movimento Xingu Vivo Para Sempre, colaborando com os esforços de comunicação e mobilização para barrar a construção de Belo
Monte. Participa de iniciativas e projetos de mobilização pública e ativismo na área de sustentabilidade, responsabilidade corporativa e direitos humanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário