segunda-feira, 23 de maio de 2011

Miguez critica modelo de carnaval de salvador

Em entrevista ao site Bahia na Rede, o professor da Universidade Federal Bahia, Paulo Miguez, soltou o verbo sobre o atual modelo de organização do carnaval de Salvador e não poupou críticas ao Conselho Municipal. “O atual Conselho, hegemonizado pelos grandes grupos empresariais que controlam o mercado da festa, não passa de uma câmara organizadora dos interesses corporativo-mercantis que atuam no carnaval. Atua única e exclusivamente em favor destes grupos. [...] Pior ainda é sabermos que o Conselho age desta forma com o beneplácito ou omissão dos órgãos públicos municipais e estaduais que dele participam”, declarou. Estudioso do assunto, Miguez afirmou que, na contramão de cidades como Rio de Janeiro e Recife, o modelo de organização dos festejos em Salvador passa por um esgotamento. “Modelo ancorado, exclusivamente, na lógica do negócio, de um negócio que se caracteriza pelo caráter concentrador e excludente”, diz. Miguez também cobrou um posicionamento ativo e responsável da prefeitura de Salvador, que para ele “tem circunscrito seu papel ao de mero provedor dos serviços e infraestrutura necessários à realização do carnaval e à disputa por patrocínios, eximindo-se completa e irresponsavelmente das suas obrigações constitucionais de proteção e promoção, através de políticas públicas de cultura, do patrimônio cultural da cidade”. Nesta quinta-feira (19), a Câmara Municipal promove uma sessão especial para discutir o assunto.

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